terça-feira, 8 de maio de 2018

Réptil fóssil de mais 230 milhões de anos é identificado no interior do Rio Grande do Sul.


Espécie foi batizada como “Pagosvenator candelariensis” como homenagem ao município de Candelária

Pagosvenator candelariensis viveu há aproximadamente 237 milhões de anos no interior do Estado | Foto: Divulgação / CP

Pagosvenator candelariensis viveu há aproximadamente 237 milhões de anos no interior do Estado | Foto: Divulgação / CP
Um réptil fóssil pré-histórico que viveu há aproximadamente 237 milhões de anos foi identificado no interior do Rio Grande do Sul por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
De acordo com o líder da pesquisa, o doutorando Marcel Lacerda, não é possível saber com exatidão o local em que o fóssil foi encontrado já que ele foi doado anonimamente para o Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, do município de Candelária, no Vale do Rio Pardo, durante o período do natal em 2015.
Entretanto, com a análise dos elementos químicos presentes, além das características da espécie e o período da formação, a pesquisa indica que é bastante provável que o fóssil venha mesmo da região da Candelária. 
A pesquisa de Lacerda sobre o "Pagosvenator candelariensis" iniciou em 2016 e durou um ano. O artigo sobre este estudo foi publicado no Zoological Journal Of The Linnean Society em abril deste ano, a espécie viveu durante o Período Triássico (que durou entre 251 até 201 milhões) e o fóssil foi batizado de "Pagosvenator candelariensis" com uma homenagem ao município devido a sua importância para paleontologia. O significado deste nome é “o caçador da região de Candelária”.
Segundo Lacerda, o Pasgosvenator era um animal de médio porte, com até 3 metros de comprimento, e, com base na comparação com outras espécies semelhantes já conhecidas, existe forte evidência de que seria um quadrúpede. Os dentes longos e recurvados indicam que o animal apresentava uma dieta carnívora, possivelmente baseada em pequenos e médios animais.
Diversidade de registros fósseis 
Conforme Lacerda, a descoberta ampliou o conhecimento das espécies fósseis do território gaúcho e aumenta a compreensão dos processos evolutivos que levaram a diversidade de registros fósseis. “Toda informação nova é útil para conseguirmos entender como eram o ambiente e a fauna daquela época. São informações que ajudam a contar a história da diversidade da vida daquele período”, afirmou o pesquisador.
“Este trabalho é importante porque soma aos outros trabalhos na área que buscam compreender como era a região há 230 milhões de anos, no período Triássico”, complementou o professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia da Ufrgs Cesar Schultz, que também participou da pesquisa. “Graças a estes estudos, hoje sabemos que os predadores desta época eram bem diversos. Vários deles, como Pagosvenator candelariensis, eram maiores que os dinossauros nessa época”, complementou França.
nossa fonte: https://www.correiodopovo.com.br

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